segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

reciclagem de sentimentos

"E a falta que sinto de você me é boa. Me mostra como fiz certo quando te fiz lembrança ao invés de dádiva."

Não costumo colocar aspas. Coloquei, porque mudei muito desde isso que escrevi. Mesmo assim, ainda serve para explicar o que estou sentindo. Me considero uma nova pessoa, portanto, estou citando alguém que não sou eu. Reciclagem dos meus próprios sentimentos. Algo assim.

suficiência

Ando tão sozinha que até mesmo minha fé - que até pouco me era pequena e supérfula - foi atingida. E venho pedindo assim: "Deus, me faz auto-suficiente. Que eu sorria bonito pra mim, seja feliz pra mim, me sinta bem comigo mesma e que os outros gostem disso. E, se não gostarem, me faça indiferente para isso. Amém."

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

mentira

Sou fraca. Cansei. O problema é que, dessa vez, meu cansaço é sinônimo de desistência. Deixa aí, deixa o vento levar. Uma hora as coisas voltam pro lugar e eu só tô cansada demais pra tentar melhorar qualquer coisa. Tô mentindo pra mim, dizendo que só tô fazendo isso pelo futuro: se eu tentar melhorar e não conseguir, serei frustrada. Deixo aí porque, quando eu melhorar, me sentirei incrível por ter melhorado sem nem mesmo ter tentado.

grata

Eu poderia reclamar, só para não perder o costume, mas não reclamei. Não reclamei, levantei a cabeça e agradeci a Deus. E sussurrei quase em silêncio "Obrigada, Deus, porque eu poderia estar pior e não estou".

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

entre aspas

Eu não sei de mais nada, não sinto mais nada, não faço mais nada, não penso mais. Não penso porque, se penso, entristeço. E triste já estou, sempre estive. E tenho medo. Medo de ficar tão triste que não possa nem mais ter saudade de como era ser feliz.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

saudade

Eu sempre odiei a forma como ele me tratava como criança, como fingia ser meu irmão mais velho e me ordenava as coisas como se mandasse em mim. Sempre fui meio birrenta, meio metida a sabichona. Agora tudo que eu mais queria é que ele estivesse por perto pra me olhar nos olhos, me chamar de "pequenininha" e me dizer que eu não estarei sozinha. Tô tão pequena, guri... Você nem imagina o quanto.

várias formas de um mesmo eu

Mudei, internamente. Me isolei do que o mundo exterior podia me proporcionar por um tempo - só enquanto eu dava um jeito no monte de coisas que me estavam pressionando. Meu interior já está mudado, mas como posso manter mudanças que me fizeram bem se ainda continuam me vendo como alguém que já deixei de ser? Hora para externizar mudanças internas.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A pior parte de mim é que eu parei de acreditar nas pessoas. Não acredito mais no que dizem, nem no que fazem. Perdi a fé e, como sempre aprendi, quando nos proibimos de termos a fé que poderíamos ter nos que nos rodeiam, com o tempo, perdemos a fé que poderíamos ter em nós mesmos. Não foi por escolha voluntária, foi o meu mecanismo de defesa que começou a agir. E eu vou indo assim: sem fé, sem força, sem nada. Só eu.

sábado, 3 de dezembro de 2011

eu

É só que assim, em dias frios, sozinha, só eu e meu café... Às vezes, dá saudade. Mas já já passa...

é

Algumas coisas foram feitas pra serem tão mais bonitas, mais coloridas, mais azul celeste, mais brilhantes. Entretanto, são todas tão cinzas, tão escuras, tão feias, tão falsas. Podia ter sido tão bom, tão simples, tão feliz...

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi

É... tanto aprendi, tanto cresci, tanto apanhei, tanto me recuperei. Caí, levantei. Mudei, mas continuo aqui, sendo tão eu. Como é possível? Mudar tanto e continuar sendo eu, indo pro mesmo lugar, seguindo na mesma direção, pegando alguns atalhos, andando pelas ruas erradas que me levam aos destinos certos; não importa - apenas continuo sendo eu. Não sei quão apavorante - ou bom - isso é, ou pode se tornar. Porque é assim que as coisas funcionam: ou elas são apavorantes, ou elas se tornam boas. Não tem um meio termo. Essa foi uma das coisas que aprendi esse ano; ano que está pra acabar há tanto tempo, não chega ao fim nunca e, mesmo assim, não sei se quero que termine. Aprendi tanto que me perguntei se ainda tenho o que aprender. Mas, sabe, uma das coisas que aprendi é que a gente sempre tem algo novo pra descobrir. Apesar disso, não me permito escolher até onde quero chegar, assim não me limito à coisa alguma. E me limitar, meu amigo, é algo que não quero aprender a fazer.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

insônia

- O que você tem?
- Ah, tô com saudade. - respirei fundo - Cansada de tudo, sinto falta dele, de como a presença dele me dava paz. - olhei pras minhas unhas com esmalte descascando e continuei - Ando com preguiça das coisas mais banais, escrevendo até em verso de guardanapo. To desistindo de coisa idiota. Sofro com saudades, sofro com a falta.