terça-feira, 29 de novembro de 2011

a junção de várias metades dá uma metade inteira?

Vou me ajudar a juntar. Juntar é mais simples do que parece. E não precisa ter sentido porque, na verdade, não tem. Mas quem foi que falou que precisava ter? Juntei um pedaço da Danni Carlos - o pedaço que diz que meu mundo tá fechado pra visitação; juntei um pedaço da Paula Toller - aquele pedaço que te quer sério; um pedaço da Maria Gadú - o que te perde pra Linda Rosa e conta a história de Lilly Braun; agreguei à um pedaço do Creedence - o que me manda permanecer viva. E é assim que eu tô hoje: juntando tudo, agregando, bagunçando, trazendo junto pra bagunçar mais e, posteriormente, quem sabe, arrumar tudo de uma vez só. Tentando organizar essa baderna que fiz dentro de mim, mesmo sem perceber. Mas não quero coisas no lugar, não quero problemas engavetados. Quero coisas à mostra, gosto do meu desarrumado, da minha confusão particular. Gosto do som da descoberta de um eu diferente, da ideia de não me conhecer por total - quando eu me conhecer, então, terei de procurar outra incerteza pra descobrir -. Prendi meu cabelo num coque querendo liberar a nuca para o vento bater, trazer um pouco do ar do lado de fora. Como vai o sol? Continua nascendo para todos? Ou só para os bons? Todos somos bons. Junte-se a ideia de conhecer o melhor do próximo, exalando seu pior. Procure, encontre. Procurei, procuro, procurarei. Espero não encontrar - não tão cedo. Estou descobrindo, linha por linha, o que procuro. Cada linha da minha vida me remete à algo que passou e me liga à algo que ainda virá. E é assim que vou indo, até o dia que encontrarei. E então, todas as outras linhas farão sentido. Encontrarei, portanto, a junção de tudo. E começarei a juntar tudo novamente, me juntarei às junções antigas. Junto, próximo, bagunçado, desorganizado. Pronto pra juntar, de novo.

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