sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

conclusões de uma tarde perdida ganhando pensamentos

Passei mais um dia invisível. Acordei com uma aparência cansada que ninguém percebia, talvez porque não houvesse razão para tal cansaço. Lutei contra meu sedentarismo imperceptível e fui caminhar na praia. Esbarrei em dois ou três que passavam por mim. Nenhum deles pediu desculpas, apesar de eu tê-lo feito. Estão ocupados com as suas próprias vidas, pensei. Tá aí mais uma coisa invisível para mim: a vida. Andava tão parada que até mesmo caminhar e pensar sobre isso me fazia rir. Isso é um problema?, me perguntava. Estar feliz, quero dizer. Essa felicidade invisível para o mundo e tão clara e... feliz para mim. De vez em quando, parava para olhar o mar. Assim, sentada em um banco qualquer do calçadão, olhando o mar, admirando-o. Sem nem perceber, sorria. E nem sei o porquê. Acho que é o verão. Assim: o inverno me traz tristeza e o verão me traz felicidade. Será que sou tão inconstante que nem mesmo meu jeito de lidar com as coisas permanece igual? Digo, os problemas continuam os mesmos - eles não vão embora junto com o tempo gelado do Inverno. As flores da primavera se desabrocham e os problemas continuam lá. O Sol ilumina o céu de verão e, mesmo assim, os problemas não se vão. Só parecem invisíveis. Ou visíveis, mas viáveis de serem solucionados. Parece que a Mallu Magalhães estava mesmo certa... A vida não é uma concepção, é uma mudança... É, Mallu... A única concepção que temos da vida é a concepção de que iremos mudar. E, às vezes, até mesmo essa concepção é invisível...

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